A braços...
Dá-me um abraço.
Não um abraço qualquer, mas um abraço longo e demorado.
Dá-me um abraço quente.
Dá-me um abraço onde esqueça tudo o que me atormenta, onde eu me afogue em paz, conforto, carinho. Não quero um simples abraço, mas um abraço cheio de sentido.
Abraça-me de uma forma tão especial que fique marcado na memória, aonde eu queira voltar sempre, todos os dias. Abraça-me com força.
Abraça-me de tal maneira que não exista desejo de sair dele, independentemente do mundo e das suas circunstâncias.
Um abraço, a forma mais silenciosa de se dizer tanta coisa. E tanto eu quis dizer e tudo ficou dito num abraço. Um abraço quente, especial e demorado.
Quero um abraço que me inspire, que me faça desabrochar o sorriso mais sincero, que me faça esquecer tudo. Um abraço que faça esquecer toda a saudade.
Um simples e especial abraço, é tudo o que quero.
Há abraços de tanta coisa, mas só alguns são especiais. Só alguns transmitem tanta coisa que acabamos por deixar encher um coração tão partido e cheio de coisas menos boas. Um abraço que faz transbordar, que preenche. Um abraço tão especial como a pessoa que o dá. Aquele abraço que vem até nós, de forma tão inesperada. Aquele abraço que é muito mais que um abraço.
E ali ficava eu, enrolado naquele abraço numa eternidade tão longa quanto o infinito número de estrelas no céu. Infinitamente num abraço que apazigua todo o turbilhão de ideias e sentimentos mais obscuros. Ficar, simplesmente ficar, mergulhado no infindo calor de um especial abraço.
E as palavras que são tão poucas e pobres para descrever abraços tão especiais. Palavras que serão sempre poucas, insuficientes, ocas, meras palavras, vulgares. Somente o sentimento que transborda depois de um abraço tão quente.
Dá-me um abraço maior que o infinito do universo, maior que o pensamento, maior que todas as palavras que se possam proferir. Um simples e eterno abraço.
Dá-me o abraço!